PEÇA TEATRAL “HOMEM DE PAPEL” DE PLÍNIO MARCOS É ATRAÇÃO DA “MOSTRA O LIXO” NO TEATRO MUNICIPAL DE ASSIS.

Resumo a peça Homem de Papel em: um belo texto, show de encenação, pitada por uma excelente iluminação e deliciosa musicalização.

A peça começa com a exibição de um documentário que aborda a questão do lixo. A história se passa num possível aterro, onde um atravessador (pessoa exploradora que compra produtos recicláveis por preço irrisório) compra as coletas dos catadores independentes. O texto de Plínio Marcos faz uma crítica à sociedade, pois, as pessoas que convivem naquela situação, não foram lhes dado nenhuma expectativa e esperança.

A peça é rica em humanidade, em que trabalha a ganância do dinheiro por parte do explorador, a violência e exploração infantil, a degradação completa do ser humano a desvalorização da própria dignidade.

A peça trabalha muito o aspecto visual, com jogo de luzes e cenas que acontecem concomitantemente. Também é muito explorada a sonoridade, você adentra ao teatro ao som de percussão e os diversos momentos da peça, sobretudo nas situações dramáticas, são vivificados ao som de instrumento musical manuais.

É muito real, em alguns momentos você se senta com agente da peça, tal envolvente é o espetáculo.

A leitura que falo é que a peça apresenta o cooperativismo com uma das formas de exterminar as explorações.

Uma boa peça quem tiver oportunidade assista.

Algumas fotos:

FACHADA DO TEATRO ANTES DA APRESENTAÇÃO

ARTISTAS AGUARDANDO O PÚBLICO PARA UM BATE PAPO

PESSOAS SE APROXIMAM PARA PARABENIZAR O ELENCO

GRUPO DE TEATRO COM A VICE-REITORA DA UNESP DE ASSIS, ANA MARIA

ELENCO DIALOGA COM O PÚBLICO APÓS ESPETÁCULO

BATE PAPO

O CONTEÚDO ABAIXO É DO SITE DA CIA AMANTE DO TEATRO: http://www.ciaamantedeteatro.com.br/emcena.html

HOMENS DE PAPEL

Autor: Plínio Marcos

Direção: Eduardo de Paula

Espetáculo Repertório

Plínio Marcos foi único em sua passagem pelo teatro e deixou legados inigualáveis, como a obra "Homens de Papel". O texto, de 1968, permanece atual ao retratar a temática comportamental do ser humano em seu meio moderno, a sociedade. O cotidiano de catadores de papel, serve de pano de fundo para uma metáfora que conduz a questões morais e de vida: onde está a verdadeira pobreza? Nos catadores de papel marginalizados pelos cantos da cidade ou está ao nosso lado, em nosso trabalho, em nossa casa, na pobreza de nossas ações?

A montagem da Cia Amante de Teatro, em formato arena, foi concebida com a proposta de gerar interação com os espectadores, trazendo-os para dentro do clima da peça. Essa inserção é fatídica: sustos, riso e drama encadeiam um inigualável diálogo atores-público. O espetáculo foi vencedor do Festival da Cidade de São Paulo em 2010, arrecadando prêmios de melhor montagem, produção, direção, atriz (Karen Francis), ator coadjuvante e mais quatro indicações.