SITUAÇÃO
DE APRENDIZAGEM 4[i]
fonte: Google Imagens
A
concepção Dialética da Liberdade
Leitura
e analise de texto
DIALÉTICA
E LIBERDADE
O
problema da liberdade diz respeito à concepção que se tem do homem e de seu
papel (ativo ou passivo) na história. Na perspectiva do materialismo histórico
dialético, o homem é o conjunto das relações sociais, uma vez que ele (homem)
não pode ser concebido como um ser abstrato, isolado, destacado do mundo
concreto em que vive (como pode nos fazer pensar a perspectiva do
libertarismo). Ao entender que é homem que se faz pelas relações sociais,
reconhecemos que ele (homem) não está imune às circunstâncias em que vive e às
relações sócias que estabelece com seus semelhantes. Pelo contrário, ele é, em
grande medida, produto dessas relações e transforma-se continuamente com as
transformações dessas relações. O homem da sociedade capitalista não é o mesmo
do feudalismo, que, por sua vez, não é o mesmo do escravismo, que não é o mesmo
das comunidades primitivas. Podemos dizer, portanto que o homem é determinado
pelas relações sociais ou que ele é socialmente determinado.
Mas,
como vimos, a dialética supõe a contradição e ação recíproca entre os elementos
de uma dupla de contrários. Portanto, conceber o homem dialeticamente implica
entender que a relação dele com a História, com a sociedade, com a natureza,
com os outros homens, enfim, com a realidade que o cerca é também contraditória
e de mútua determinação. Assim, se as relações sociais produzem os homens,
assim também os homens produzem as relações sociais que vivenciam. Ou, mais
fielmente às palavras de Marx e Engels “[...] as circunstâncias fazem os
homens, assim como os homens fazem as circunstâncias. “
Assim,
do ponto de vista da dialética, o homem tem papel ativo na determinação das
circunstâncias em que vive. Mas, como ele é também socialmente determinado,
cabe perguntar: Em que medida ele é realmente capaz de alterar as relações
sociais de que participa? Até onde vai o seu poder de fazer a História? Com que
grau de liberdade ele o exerce? De acordo com Marx “Os homens fazem a sua
própria história; contudo, não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não
são eles quem escolhe as circunstâncias sob as quais ela é feita, mas estas lhe
foram transmitidas assim como se encontram. “ Não se trata, portanto, de um
poder ilimitado, absoluto, tampouco de um poder irrisório, insignificante,
nulo.
Concluindo,
podemos dizer que a perspectiva dialética permite superar tanto a onipotência
do libertarismo quanto a impotência do determinismo, colocando sobre nossos
ombros a exata medida de responsabilidade que nos cabe na construção de nosso
destino. De fato, não podemos tudo. Mas há algo que podemos, a partir das
condições objetivas em que nos encontramos. E a nesta margem relativa de
possibilidades limitadas que podemos fazer valer a nossa liberdade.
Responda:
1.
O
que significa dizer que o homem é um “conjunto de relações sociais”?
2.
Como
a concepção dialética procurou superar a contradição entre libertarismo e
determinismo? Posicione-se.
[i] Caderno
do Aluno, volume 03. 3ª série do Ensino Médio. Filosofia – Ciências Humanas.
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo – SEE –
SP.
2 comentários:
1 - De fato o homem é um conjunto de relações sociais, ele está na sociedade, ele é determinado pelas relações sociais.
2- Do ponto de vista da dialética, o homem tem papel ativo na determinação das circunstâncias em que vive. A perspectiva dialética permite superar tanto a onipotência do libertarismo quanto a impotência do determinismo
1 - Quer dizer que o homem não pode se isolar ou ser isolado, ele tem papel ativo no determinação das circunstâncias onde vive.
2 - A dialética procura ficar no meio termo nos dando a opção de escolher as circunbstâncias que vamos viver
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